Consultor Jurídico
- 11/10/2014
Para possibilitar uma reflexão sobre as posturas do PT e do
PSDB em relação aos servidores públicos, tendo em vista a disputa no segundo
turno da eleição presidencial, levantamos alguns dados e informações sobre a
postura desses dois partidos no trato com o funcionalismo federal no período em
que governaram o país.
O primeiro aspecto a destacar diz respeito à forma de se
relacionar com os servidores dos dois partidos.
Nos governos do PSDB no plano federal, a lógica foi
“desregulamentar direitos e regulamentar restrições”, e sem qualquer diálogo
com as entidades de servidores.
Nos governos do PT houve uma mudança no padrão de relação,
saindo de uma relação autoritária para um sistema de diálogo, ainda que com os
conflitos próprios das negociações coletivas.
O segundo aspecto trata da reposição de pessoal, via
concurso público, para manter a máquina pública funcionando e atendendo à
população.
Nesse quesito parece evidente que enquanto os governos do
PSDB promoveram um verdadeiro desmonte, com extinção de órgãos e substituição
do concurso pela terceirização, o governo do PT fez o contrário, ou seja,
recompôs alguns órgãos e fez concursos regularmente para praticamente todas as
áreas de governo, embora tenha mantido um volume bastante elevado de
terceirizações e de cargos comissionados.
O terceiro aspecto se refere à comparação em termos de
ganhos salariais nos dois governos.
Nos governos do PSDB, ao longo dos oito anos, não houve
política salarial, mas uma lógica de concessão de abonos e reajustes
diferenciados, e limitado a determinados grupos de servidores, que resultaram
em enorme arrocho salarial, a ponto de que nem mesmo os setores contemplados
tiveram reposta a inflação ou o poder de compra dos salários.
Nos governos do PT, embora desde 2004 tenha sido deixada de
lado a revisão geral anual prevista no artigo 37, inciso X da Constituição,
ocorreram de forma sistemática reestruturações remuneratórias com aumento real
para todos os servidores, ainda que com disparidades de tratamento bastante
expressivas entre servidores em situações análogas. A mesa de negociação
permaneceu em funcionamento no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
e mesas setoriais foram estabelecidas para debater questões específicas
relativas a ministérios, autarquias e...
Leia a íntegra em Como PT e PSDB trataram o servidor público enquanto governaram o país