BSPF - 02/10/2014
Nesta Quinta-feira (2), o STF dará continuidade à votação do
RE nº 565089
Nesta Quinta-feira (2 de outubro), o Supremo Tribunal
Federal (STF) dará continuidade à votação do RE (Recurso Extraordinário) nº
565089, que pretende estabelecer a data-base para os servidores públicos
federais.
A votação esta parada desde abril deste ano, quando o ministro Teori Zavascki pediu vista. O RE nº 565089 teve início no Supremo em outubro de 2007, com distribuição ao ministro Marco Aurélio, que como relator proferiu voto favorável na sessão de 09/06/2011, ocasião em que a ministra Cármen Lúcia pediu vista.Em abril deste ano, quase três anos depois, o voto-vista da ministra foi apresentado provendo o recurso, seguido do voto contrário do ministro Roberto Barroso. A expectativa dos servidores federais é que na sessão desta quinta-feira não haja pedido de vista.
A votação esta parada desde abril deste ano, quando o ministro Teori Zavascki pediu vista. O RE nº 565089 teve início no Supremo em outubro de 2007, com distribuição ao ministro Marco Aurélio, que como relator proferiu voto favorável na sessão de 09/06/2011, ocasião em que a ministra Cármen Lúcia pediu vista.Em abril deste ano, quase três anos depois, o voto-vista da ministra foi apresentado provendo o recurso, seguido do voto contrário do ministro Roberto Barroso. A expectativa dos servidores federais é que na sessão desta quinta-feira não haja pedido de vista.
Sobre a data-base
Trata-se de um instrumento jurídico
que dá aos trabalhadores a possibilidade de reposição salarial. No Brasil, a
regra é aplicada aos trabalhadores do setor privado e a inexistência de
regulamentação para os servidores públicos - obrigando o Poder Executivo a
negociar reajustes salariais, condições de trabalho e benefícios - corrói
salários, congela benefícios e precariza condições de trabalho.Aos trabalhadores
do serviço público, a data-base é garantida pelo artigo 37 da Constituição
Federal.
Além disso, a Lei 10.331/01 estabelece que as remunerações e os subsídios dos servidores serão revistos “no mês de janeiro, sem distinção de índices, extensivos aos proventos da inatividade e às pensões”.O Poder Executivo, porém, não respeita tal previsão. Para se ter uma ideia, a última vez em que o governo considerou a data-base dos servidores foi em janeiro de 1995, no primeiro mês do governo FHC, quando foi conquistado um reajuste de 22,07%. Em 2005, o então presidente Lula concedeu um reajuste linear simbólico, de 0,1%.
Além disso, a Lei 10.331/01 estabelece que as remunerações e os subsídios dos servidores serão revistos “no mês de janeiro, sem distinção de índices, extensivos aos proventos da inatividade e às pensões”.O Poder Executivo, porém, não respeita tal previsão. Para se ter uma ideia, a última vez em que o governo considerou a data-base dos servidores foi em janeiro de 1995, no primeiro mês do governo FHC, quando foi conquistado um reajuste de 22,07%. Em 2005, o então presidente Lula concedeu um reajuste linear simbólico, de 0,1%.
Debate no STF
A omissão do Executivo diante da falta de regulamentação
da data-base do funcionalismo está em debate no STF desde 2007, quando o tribunal
começou a analisar o Recurso Extraordinário (RE) 565.089/SP. Trata-se de
recurso contra acórdão do TJ-SP que julgou improcedente ação de policiais
militares de São Paulo que querem a condenação do Estado ao pagamento de
indenização repondo a inflação.
Os recorrentes argumentam que a Constituição está sendo violada pela omissão do Executivo ao não encaminhar projeto de lei anual.O STF reconheceu a repercussão geral da questão, que significa que a decisão sobre o recurso afetará todos os servidores do Brasil.
Os recorrentes argumentam que a Constituição está sendo violada pela omissão do Executivo ao não encaminhar projeto de lei anual.O STF reconheceu a repercussão geral da questão, que significa que a decisão sobre o recurso afetará todos os servidores do Brasil.