Agência Brasil
- 25/02/2015
Funcionários públicos federais de 32 entidades sindicais se
mobilizaram hoje (25), em Brasília, para o lançamento de uma campanha salarial
unificada. Para discutir as reivindicações com o governo, os servidores têm
reunião marcada com o ministro do Planejamento, Neson Barbosa, para o dia 20 de
março. No entanto, eles tentam antecipar o encontro.
“Estamos aqui, hoje (25), para iniciar a campanha e
conseguir reunião com o ministro. Nós vamos pressionar para conseguir uma
primeira reunião hoje. Não há porque esperar um mês para isso", disse o
representante do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes), Paulo Rizzo.
O ponto principal da pauta de reivindicações dos servidores
é o reajuste salarial linear de 27,3% para 2016. O percentual, de acordo com os
participantes do movimento, tem como base o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2010 a julho de 2016. No período, o IPCA
foi 44%, já descontados os 15,8% concedidos pelo governo em três parcelas, de
2013 a 2015.
O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos
de Finanças e Controle, Rudinei Marques, lembra a greve geral dos servidore em
2012. Ele ressaltou que o diálogo entre as partes é uma forma de evitar
contratempos à população. "Para evitar transtornos à população é preciso
que o governo se antecipe", disse.
Ele afirmou que os principais itens da pauta salarial são
comuns a todos os sindicatos presentes na mobilização e avaliou que essas ações
são necessárias para contornar uma série de medidas adotadas pelo governo que
restringem os direitos trabalhistas. Entre elas, Rudinei destacou as medidas
provisórias 664 e 665, que mudam as regras de concessão de benefícios
previdenciários e trabalhistas.
O ministério confirmou, por meio da assessoria de imprensa,
a reunião agendada para o dia 20 de março com os representantes sindicais.
Acrescentou que a partir de então as negociações serão abertas. A assessoria
frisou que, por hora, não existe negociação e as posições anunciadas até o
momento são unilaterais dos servidores mobilizados.