BSPF - 06/05/2015
Ainda é cedo para o governo definir o reajuste salarial dos
servidores públicos federais de 49 carreiras. Ao Correio, o secretário de
Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, declarou
que ainda não está analisando nenhum assunto específico, nem a proposta
sindical de 27,3%. “Em março, o ministro Nelson Barbosa já havia afirmado que
não há espaço fiscal para tratar desse número pelo impacto que provocaria na
folha de pagamento”, disse.
Cálculos de especialistas apontam que, se aprovado, o
aumento salarial reivindicado pelos sindicalistas traria um choque de R$ 70
bilhões — valor 19,4% superior à meta de superavit primário (economia para o
pagamento de juros da dívida), de R$ 55,3 bilhões proposto pelo governo. A
expectativa do Planejamento é receber, ao longo deste mês, as pautas gerais e
específicas de representantes sindicais para formular contrapropostas, que
devem ser apresentadas a partir de junho ou julho.
“Se as negociações evoluírem e o prazo precisar ser
estendido para agosto, acredito que não será problema para governo e
entidades”, acrescentou. No entanto, se a proposta da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) para 2016, enviada ao Congresso pelo governo, for aprovada,
o Executivo tem até 21 de agosto para incluir eventuais projetos de lei e
medidas provisórias para tratar de pleitos específicos das carreiras, com
impacto do Orçamento para o próximo ano.
Com informações do Correio Braziliense