sábado, 23 de maio de 2015

Apesar de corte, presidente quer aumento para servidores


O Povo     -     23/05/2015




Lewandoswski diz que irá trabalhar pela melhoria dos vencimentos dos servidores públicos da Justiça

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandoswski, disse na noite desta sexta-feira, 22, que, "como cidadão", compreende as dificuldades da economia e irá colaborar com o ajuste fiscal. Como chefe do Judiciário, contudo, irá trabalhar pela melhoria dos vencimentos dos Servidores Públicos do poder.

Ele se referia a aprovação, pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, na última quarta-feira, de propostas de reajustes para servidores da Justiça Federal, entre 53% e 78,5%, escalonados entre 2015 e 2017. A proposta ainda precisa passar pelo plenário.

Ele contestou parecer do Ministério do Planejamento que apontou que o impacto desses reajustes no orçamento seria de R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos. Segundo Lewandowski, o impacto seria de R$ 10 bilhões em cinco anos, menos da metade, portanto, do que apontou o Planejamento. O ministro conversou brevemente com os jornalistas na saída de uma palestra na FGV, no Rio.

Lewandowski disse que teve uma reunião com o ministro Joaquim Levy (Fazenda) "pleiteando mais recursos para o Judiciário".

No momento em que o país discute um aperto nas contas e no dia em que o governo anunciou corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento deste ano, o ministro afirmou que o que foi aprovado na CCJ não é apenas uma reposição salarial, mas uma reestruturação no plano de cargos e salários da categoria.

Segundo ele, os servidores da Justiça recebem menos que os suas "contrapartes no Legislativo e no Executivo".

"Como cidadão eu compreendo as dificuldades pelas quais passa o país e claro que vamos colaborar para que o país retome a cena do desenvolvimento. Por outro lado, como chefe do Poder Judiciário, eu tenho que cuidar dos servidores que estão com seus vencimentos atrasados e precisam de um reajuste", afirmou ele.

Os cortes

O Ministério do Planejamento informou ontem que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), marca do governo petista, vai sofrer um corte orçamentário de R$ 25,7 bilhões neste ano. No total, o governo vai bloquear R$ 69,9 bilhões em despesas orçamentárias. As emendas parlamentares sofrerão um corte de R$ 21,4 bilhões.


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