Agência Brasil
- 16/09/2015
Entidades de servidores públicos repudiaram hoje (16) o
congelamento do salário no funcionalismo federal, anunciado pelos ministros da
Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. Em nota, entidades
que representam os auditores-fiscais da Receita Federal e do Ministério do
Trabalho, além dos delegados e peritos da Polícia Federal, condenaram a decisão
do governo de adiar os aumentos prometidos aos servidores.
“Ao colocar a conta do desgoverno e do desequilíbrio das
contas públicas sobre o ombro dos servidores, o governo federal se exime de
fazer a sua parte no ajuste fiscal”, destacou o texto. Para os sindicatos e as
associações, os servidores federais pagarão os gastos decorrentes da má
administração. “É o cúmulo do desrespeito com os servidores do Poder Executivo,
novamente, serem chamados a arcar com uma conta decorrente da má gestão e da
corrupção, comprovadamente não sendo responsáveis pela crise e não devendo
pagar, injustamente, pela mesma”, destacou o comunicado.
Em entrevista à NBR, TV do governo federal, o ministro
Joaquim Levy reconheceu que o adiamento dos reajustes do funcionalismo federal
foi uma das medidas mais duras do pacote de ajuste fiscal. Ele, no entanto,
disse que é preciso que o setor público se comprometa com o ajuste fiscal da
mesma maneira que o setor privado, que enfrenta a desvalorização real de
salários.
A nota foi assinada por seis entidades: Associação dos
Delegados da Polícia Federal, Associação Nacional dos Peritos Criminais
Federais, Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal, Federação
Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Sindicato Nacional dos
Auditores-Fiscais do Trabalho e Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da
Receita Federal.