Diário do Nordeste
- 04/01/2016
O aumento será pago em duas parcelas - agosto de 2016 e em
janeiro de 2017 - totalizando 10,8%
A maior parte dos servidores federais assinou acordos
prevendo reajuste escalonado em dois anos, sendo 5,5% em agosto de 2016 e mais
5% em janeiro de 2017. Auxílio-alimentação e assistências à saúde e pré-escolar
também foram reajustados O governo federal enviou ao Congresso Nacional, na
quinta-feira (30), os projetos de lei relativos às negociações salariais de
2015. A maior parte dos servidores assinou acordos prevendo reajuste escalonado
em dois anos, sendo 5,5% em agosto de 2016 e mais 5% em janeiro de 2017. O
aumento totaliza 10,8%, porque a segunda parcela incidirá sobre o valor do
SALÁRIO já reajustado.
Segundo o Ministério do Planejamento, assinaram acordo 1,1
milhão de trabalhadores, o que representa cerca de 90% dos servidores civis do
Executivo Federal, tanto aposentados quanto aqueles na ativa.
Sem entendimento
As carreiras que não chegaram a um entendimento com o
governo em 2015 foram Receita Federal, POLÍCIA FEDERAL, Polícia Rodoviária
Federal, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), médicos
peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diplomatas, peritos
federais agrários e analistas de infraestrutura e de políticas sociais. De
acordo com o Ministério do Planejamento, as negociações com as representações
desses servidores continuarão em 2016.
Além do reajuste de 10,8%, os servidores terão atualização
dos valores do auxílio-alimentação (R$ 373 para R$ 458), da assistência à saúde
(o valor médio passará de R$ 117,78 para R$ 145) e da assistência pré-escolar
(o valor médio sobe de R$ 73 para R$ 321).
Os servidores receberão a primeira parcela do ajuste somente
em agosto, e não em janeiro, como parte do AJUSTE FISCAL do governo para tentar
garantir superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) no ano de
2016.
Além do adiamento, a primeira parcela do aumento está abaixo
da inflação acumulada em 2015. A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) soma alta de 10,48% em 12 meses até novembro.