O Estado de S. Paulo
- 10/01/2016
Por meio de longas negociações, que resultaram em 32 acordos
com as diferentes categorias do funcionalismo, o governo federal conseguiu
resolver, pelo menos temporariamente, um problema que poderia tomá-lo ainda
mais frágil: o reajuste salarial dos servidores públicos. Por meio de seis
projetos de lei que encaminhou ao Congresso, o governo do PT - seriamente abalado
pela crise e pela persistência do risco de impeachment da presidente Dilma
Rousseff - mudou a regra que prevaleceu por vários anos, que era a aplicação de
um índice único de reajuste para todo o funcionalismo, e propôs aumentos
diferenciados para várias categorias, com a concordância de seus
representantes.
Com isso afastou o risco de greves e protestos que poderiam
corroer ainda mais sua escassa credibilidade. De acréscimo, conseguiu o que, diante de sua fraqueza e da
notória precariedade de sua atuação, soa como vitória: adiou o pagamento do
próximo reajuste para ...
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