Agência Brasil
- 13/05/2016
O governo do presidente da República interino, Michel Temer,
pretende extinguir 4 mil cargos comissionados até o fim do ano, mil a mais do
que o corte anunciado pela presidenta afastada Dilma Rousseff em outubro do ano
passado.
Serão revistos também todos os 51 diferentes métodos de
contratação previstos hoje no arcabouço legal do governo, entre cargos
comissionados e funções gratificadas, com o objeto de reduzir e simplificar as
regras.
“Isso não resolve a questão do gasto público e da meta de
déficit fiscal, mas é um posicionamento que o governo deve tomar como exemplo
para a sociedade”, disse o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão,
Romero Jucá, na primeira entrevista coletiva de ministros do governo Temer.
Para facilitar os cortes, o presidente interino Michel Temer
solicitou aos ministros recém-empossados que preencham apenas 75% dos postos de
livre provimento a que têm direito em seus ministérios.
O governo interino não deu uma estimativa de quanto será
economizado com o corte de cargos, que, segundo Jucá, abrangerá também as
empresas públicas, entre elas os bancos estatais.
De acordo com Jucá, o montante que se pretende economizar
“será anunciado no momento certo". "Existem cargos diferentes, com
valores diferentes, situações diferentes. E, se nós pudermos passar dos 4 mil
cargos, nós passaremos dos 4 mil cargos”, acrescentou o ministro.
Reajustes salariais
O ministro afirmou que o governo interino honrará os
projetos de reajuste salarial de servidores que foram enviados ao Congresso
pelo governo afastado, respeitando os acordos alcançados em negociações.
Jucá acrescentou, no entanto, que sete projetos enviados
ontem (12) ao Congresso, pouco antes de Dilma Rousseff ser notificada de seu
afastamento, serão revisados antes de ter prosseguimento.
“Uma posição sobre esses novos projetos será dada
posteriormente, levando em conta a realidade das carreiras, o que foi
negociado”, afirmou.