Diário de Pernambuco
- 25/05/2016
Os servidores públicos federais não devem conseguir aumentos
reais nas negociações salariais que terão com o governo nos próximos anos. Isso
porque as revisões nos contracheques compõem as despesas primárias do
Executivo, que terão o crescimento limitado a variação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) do ano anterior.
Dessa forma, a tendência é que as propostas de aumento
salariais não contemplem ganhos reais para se adequar a nova política para
gestão dos gastos públicos. O secretário-geral da Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva,
comentou que as categorias não aceitarão qualquer revisão nos acordos já
firmados com o Executivo. Além disso, ele afirmou que as medidas tomadas pelo
governo para reduzir os gastos públicos estão focadas na perda de direitos de
trabalhadores dos setores privados público.
Na opinião de Silva, o Executivo precisa acabar com
privilégios de parlamentares, ministros e apadrinhados antes de limitar os
reajustes dos servidores. Ele alertou que uma plenária com as associações
filiadas à Condsef será realizada na próxima semana para definir um cronograma
de atos contra o que considera a perda de direitos. "Essas discussões não
podem ser feitas por um interino. Se for preciso, vamos para as ruas e faremos
greve", disse.