quinta-feira, 2 de junho de 2016

Sem reajustes, serviço público teria crise de funcionamento, diz ministro


Agência Brasil     -     02/06/2016




Os reajustes a servidores públicos de 16 categorias aprovados na madrugada de hoje (2) pela Câmara dos Deputados, são necessários para evitar uma “crise de funcionamento do serviço público", disse o ministro do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, no Palácio do Planalto, na cerimônia de posse do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim.

Segundo ele e o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, os aumentos estavam dentro do planejado para as contas públicas, inclusive com efeito menor do que o projetado para a inflação, tanto registrada até 2015 como a projetada para os anos seguintes.

“Os servidores tiveram reajuste de 15% entre 2011 e 2015, percentual também abaixo da inflação do período. A partir de agosto, esses servidores público terão reajuste [médio] de 5,2%. Reabrir essas negociações certamente levaria a uma crise de funcionamento do serviço público e dificilmente ou muito pouco provável nós conseguiríamos um acordo com índices menores”, disse Oliveira.

Segundo Oliveira, esses reajustes dirigidos a servidores do judiciário, do Ministério Público, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além de ministros do STF e procurador-geral da República “estão em linha com a redução de despesas e com a regra de crescimento levando em conta a inflação”.

Nos acordos aprovados ontem estão previstos, no caso do Executivo, duas frentes principais. A primeira de dois anos com reajuste, sendo 5,5% em 2016, e 5% em 2017 – ambos a partir de agosto. A segunda frente, destinada a carreiras de agências reguladoras e autarquias, abrange quatro anos de reajustes, sendo 5,5% em 2016; 7% em 2017; 6,5% em 2018; e 6,31% em 2019.

De acordo com o ministro, esse conjunto de acordos terá impacto de 2,5% sobre a folha de pagamento em 2016, na comparação com a folha anterior. Será de 7,1% em 2017; e de 9,8% em 2018. "É um impacto inferior ao previsto pelo mercado, para a inflação do período. Portanto são aumentos que estão dentro das regras do orçamento e dentro da margem estabelecida para a inflação”, disse Oliveira.

Ele explica que, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), esses aumentos também apresentaram redução, sendo de 4,2% em 2016; de 4% em 2017; e de 3,8% em 2018. “Em termos de valores nominais, o impacto acumulado no período, comparando a folha com e sem o reajuste, será de R$ 7 bilhões em 2016; R$19,4 bilhões em 2017; e R$26,5 bilhões em 2018, totalizando R$ 52,9 bilhões”.

Segundo o ministro cefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a premissa que o governo defende é a de que as despesas do ano seguinte devem ser iguais a do ano corrente mais inflação. Dessa forma, acrescentou ele, “se assim projetarmos, a variação em tese seria maior do que a que teremos com esse acordo”.


Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra