Agência Brasil
- 29/07/2016
O ministro das Cultura, Marcelo Calero, negou hoje (29) que
os 81 servidores comissionados demitidos nesta semana tenham sido desligados da
pasta por razões políticas. Segundo o ministro, a decisão está em conformidade
com promessa de valorização dos funcionários de carreira, feita por ele feita
na cerimônia de posse.
Calero disse que de 40 a 50 desses cargos de chefia serão
ocupados por servidores de carreira do ministério escolhidos em um processo de
seleção interna. Os demais cargos serão extintos, de acordo com orientação do
Ministério do Planejamento para economizar.
“A questão é: funcionários comissionados que não sejam
funcionários públicos de carreira. Um negócio absolutamente objetivo, que é
resultado de uma demanda da sociedade. A sociedade quer uma instituição pública
eficiente, republicana, moderna, e isso passa pelo servidor de carreira. Aquele
que chegou aos quadros do serviço público, não por ser conhecido de alguém ou
apadrinhado, mas por mérito próprio”, explicou o ministro.
Calero destacou que ele próprio perdeu gente competente de
seu gabinete. “A pessoa é competente e já está no ministério não sei há quantos
anos. “Desculpe, mas essa pessoa não devia nem estar lá”, aflrmou.
O ministro não soube estimar qual a economia financeira que
seria gerada pelo corte de servidores comissionados, mas informou que os
processos de seleção interna devem ser lançados na próxima segunda-feira (1°)
para que se defina em cerca de 15 dias quem vai ocupar essas funções de
confiança.
Marcelo Calero confirmou que vai reavaliar o nome de Oswaldo
Massaini Filho para a diretoria da Cinemateca Brasileira, em substituição a
Olga Futtema, uma das exoneradas. Massaini é acusado de crime de estelionato, e
sua indicação do nome recebeu várias críticas de pessoas ligadas à área da
Cultura.