segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Privilégio das aposentadorias está no setor público


Brasil 247     -     24/10/2016




Um servidor público aposentado custa em média o triplo de um empregado privado, revela um levantamento da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados; um funcionário da União que se aposente em 2016, aos 60 anos e com expectativa de viver até os 80, custará R$ 3,34 milhões para os cofres do públicos; segundo o estudo, esse é o valor médio, por servidor, que será desembolsado pela União para garantir o pagamento das aposentadorias ao funcionalismo; se esse servidor for um militar, o montante é ainda maior: R$ 4,92 milhões

Um servidor público aposentado custa em média o triplo de um empregado privado, revela um levantamento da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados publicado pela Folha de S.Paulo. Um funcionário da União que se aposente em 2016, aos 60 anos e com expectativa de viver até os 80, custará R$ 3,34 milhões para os cofres do públicos. Segundo o estudo, é o valor médio, por servidor, que será desembolsado pela União para garantir o pagamento das aposentadorias ao funcionalismo. E mais: se esse servidor for um militar, o montante é ainda maior: R$ 4,92 milhões.

"No caso dos empregados da iniciativa privada, que contribuem com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o valor por pessoa apresenta um desequilíbrio menor, mas ainda assim tem impacto considerável para os cofres públicos.

Um trabalhador da área privada que se aposentar neste ano, com expectativa de mais 20 anos de vida, custará, em média, R$ 1,1 milhão aos cofres públicos.

Esse custo existe devido a desequilíbrios históricos dos regimes de Previdência no Brasil, que têm distorções e beneficiaram grupos específicos. Esse valor extra não deveria existir em nenhum caso, porque representa um desembolso além daquilo que o governo já paga à Previdência na condição de empregador.

"A sociedade já está pagando, por meio do empregador, a contribuição patronal. Então não era para ter de pagar mais nada depois", afirma o consultor de Orçamento da Câmara Leonardo Rolim.

Esse desequilíbrio é chamado tecnicamente de deficit atuarial dos regimes de Previdência e significa que, se fosse necessário pagar hoje todos os benefícios –atuais e futuros–, não haveria recursos suficientes, e o Tesouro seria obrigado a desembolsar esse montante."


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