G1 - 11/10/2016
Presidente comentou o esboço que recebeu da reforma da
Previdência.
Ele disse ainda que votação da PEC do teto foi 'vitória
significativa'.
Brasília - O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira
(11), em entrevista à rádio CBN, que a reforma da Previdência elaborada pelo
governo vai propor o fim das diferenças entre o regime de previdência geral e o
público. Atualmente, os funcionários do setor público e do setor privado são
regidos por normas diferentes.
Na semana passada, Temer recebeu da Casa Civil um esboço da
reforma da Previdência. O presidente disse que vai ler o texto e conversar com
parlamentares e representantes de empresários e de trabalhadores antes de
enviar a proposta para o Congresso.
Ele foi questionado se poderia adiantar algum item da proposta,
mas disse que ainda não havia lido tudo. Em seguida, afirmou que poderia dar
certeza sobre o fim das diferenças entre o regime público e o geral.
"Não haverá mais distinção entre a previdência geral e
a previdência pública. Esse é um ponto que já está definido", disse Temer.
Em seguida o presidente foi questionado se os militares
também deixariam de ter um regime próprio de previdência. Temer afirmou que
ainda não sabe como ficará esse ponto.
"Confesso que não sei dizer. Recebi um belíssimo
esboço, não por inteiro. Os militares evidentemente sempre tiveram tratamento
diferenciado, em função das peculiaridades da carreira", disse o
presidente.
Houve também uma pergunta sobre regras diferentes para
políticos. Temer disse que não viu o tema especificamente, mas afirmou que a
reforma deve "atingir a todos".
"Não discutimos sobre isso. Deve ser geral, atingir a
todos, sem dúvida alguma. Evidentemente, nós vamos fazer uma coisa equânime,
para atingir todos os setores. Não vamos diferenciar", disse Temer.
PEC do teto dos gastos
Logo no início da entrevista, o presidente comentou a
votação desta segunda-feira (10), na qual a Câmara aprovou em primeiro turno,
com 366 votos a favor, a proposta de emenda à Constituição que impõe um teto
para os gastos públicos.
"Foi uma vitória muito significativa, numericamente e
qualitativamente. Os deputados compreenderam, estão preocupados com o Brasil.
Votamos numa segunda-feira, perto de feriado", disse o presidente.