Portal Vermelho
- 02/08/2017
Nesta quarta-feira (2), trabalhadores técnicos das
universidades e institutos federais do Brasil realizaram um dia nacional de
paralisação contra os cortes do governo federal no orçamento das
instituições. De acordo com Fátima dos
Reis, diretora da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores
Técnico-Administrativos das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil
(Fasubra), a categoria pode fazer uma greve neste semestre.
"Estão enxergando a educação como despesa e não como
investimento. Essa visão equivocada está estrangulando as Instituições Federais
de Ensino´, alertou Fátima dos Reis, diretora da Federação dos Sindicatos de
Trabalhadores Técnico-Administrativos das Instituições de Ensino Superior
Públicas do Brasil (Fasubra).
Segundo Fátima, que é coordenadora geral do sindicato da
categoria em Goiás, os cortes de verbas de Michel Temer afetam despesas básicas
como energia, água, o abastecimento do papel higiênico dos banheiros e a carga
horária e de trabalho dos TAEs.
Ato na UNB
"Esses cortes vão deixar o trabalhador sem condições de
trabalho. Ele não vai ter insumos, material de escritório. Não vai ter como
trabalhar e isso vai prejudicar o estudante também´, afirmou Fátima.
De acordo com a dirigente, Michel Temer reduziu o orçamento
de 2017 e os cortes devem continuar. "(o orçamento) de 2018, vai ser ainda
menor que o previsto. Se nada for feito, em breve, viraremos novas Uerjs ,
disse Fátima.
A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) suspendeu
por tempo indeterminado as aulas na instituição por falta de repasse de verbas.
Os trabalhadores docentes vão completar em agosto três meses sem salários.
Fátima completou que algumas unidades federais só dispõem de recursos para
funcionar até setembro.
Ela lembrou ainda que o corte de verbas atinge as obras dos
institutos federais, criados em 2008. "Tem muitas obras em andamento que
vão começar a ser paralisadas o que significa menos estudantes entrando no
ensino superior´, argumentou.
São 46 as entidades que fazem parte da Fasubra, que
representa 200 mil trabalhadores. Até o início da noite ainda não havia uma
levantamento fechado das instituições que realizaram paralisações. Universidade
de Brasília, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Universidade Federal de
Goiás e os institutos foram algumas das instituições que paralisaram as
atividades