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- 14/09/2017
Um estudo realizado pelo economista Raul Velloso e divulgado
nesta semana pelo jornal O Globo sugere uma medida diferente para amenizar os
problemas causados pelo desequilíbrio do sistema de Previdência. Para ele, a
saída, pelo menos a curto prazo, pode ser aumentar a alíquota de contribuição
dos servidores públicos brasileiros. A ideia, apesar de não ser popular, não é
nova: ela está prevista na Constituição Federal
Segundo Velloso, a dificuldade em aprovar as alterações nas
regras da Previdência podem atrasar o processo, que precisa ser realizado com
urgência, sob a pena de caos no setor. Os fundos de pensão com contribuição
suplementar seriam, então, uma espécie de “tapa-buracos”, ajudando a manter o
equilíbrio entre o dinheiro recebido e o dinheiro gasto. E essa não seria a
única maneira de resolver o problema. O economista sugere também maiores
contribuições do governo e a decisão de criar fundos lastreados em imóveis
governamentais.
O Rio de Janeiro já possui uma ideia semelhante. No Estado,
somente os servidores que começaram a carreira pública a partir de 2013
participam do fundo complementar. O estudo prevê qu mais estados usem esse
sistema
Para o economista da Fipe/USP, Paulo Tafner, a saída é
viável, mas deve ser realizada com cautela. “Isso significa que muitos teriam
perdas em relação ao que recebem, então teria que suavizar, para que alguém que
ganha R$ 5 mil não passe a ganhar R$ 1,5 mil. Um dos mecanismos é aumentar a
alíquota da contibuição dos aposentados e pensionistas”, declara. Atualmente, a
alíquota incide somente na parcela que excede o teto do INSS.