BSPF - 08/02/2018
O relator da proposta de reforma da Previdência, Arthur
Oliveira Maia (PPS-BA), descartou qualquer mudança na proposta apresentada
nesta quarta-feira, 7, até o início das discussões em plenário. Segundo ele,
não há mudança significativa no custo da economia (a economia prevista com a
sua aprovação) decorrente da alteração, que garante aposentadoria integral para
os viúvos e viúvas de policiais mortos em ação. “Uma economia de R$ 400
bilhões, R$ 500 bilhões já um grande negócio”, avaliou o relator.
Segundo ele, qualquer alteração traz custo, mas a não
aprovação da proposta de reforma traz um custo também que pode ser maior.
O relator explicou que manteve no texto o tempo mínimo de
contribuição de 25 anos para os servidores públicos se aposentarem porque têm
estabilidade no emprego. Já para os trabalhadores da iniciativa privada o tempo
caiu para 15 anos. Arthur Maia disse que todas as mudanças foram tratadas com a
equipe econômica.
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o
relator disseram que é inegociável alteração na idade mínima para aposentadoria
fixada na proposta: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. “Não há
possibilidade de excluirmos exigência da idade mínima”, disse Arthur Maia.
“Não dá para discutir idade mínima. É pressuposto básico da
reforma”, afirmou o líder do governo. Ele disse que o governo terá, sim, os
votos necessários para aprovar a reforma.
Outro ponto inegociável é igualar as aposentadorias dos
servidores públicos e os trabalhadores da iniciativa privada. “Os outros pontos
todos estarão abertos para negociação”, disse o relator. Ele avaliou que a
reforma vai ajudar o problema fiscal dos governadores. “Governadores mostraram
a falência da previdência”, ponderou.
(Estadão Conteúdo)
Fonte: ISTOÉ DINHEIRO