Destak - 31/08/2018
Após encontro com equipe econômica, presidente decide voltar
atrás e evitar gasto extra de R$ 6,9 bilhões para os cofres públicos
O presidente Michel Temer recuou mais uma vez e decidiu
agora, depois de se reunir com a equipe econômica, que vai propor ao Congresso
o adiamento do reajuste salarial dos servidores federais de 2019 para 2020.
No início da semana, o Planalto chegou a descartar essa
ideia depois de ter negociado com o Supremo Tribunal Federal (STF) um reajuste
de 16,38% para os magistrados. Naquele momento, a avaliação do presidente foi
que não haveria clima de permitir um reajuste para o Judiciário e não para os
demais servidores públicos.
Em reunião no final da manhã desta sexta (31), no Planalto,
venceu a versão da equipe econômica. O reajuste diminuiria a margem já pequena
de investimentos federais no próximo ano, devido ao custo da medida para os
cofres públicos, avaliada em R$ 6,9 bilhões.
Os reajustes entre 4,75% e 6,65% foram negociados em 2015,
ainda no governo de Dilma Rousseff, e mantidos por Temer quando assumiu a
Presidência, sendo programados para os anos seguintes.
Em meio ao esforço do ajuste fiscal, o Ministério do
Planejamento havia tentado, no ano passado, adiar a parcela do aumento dos
servidores em 2019, por meio de uma medida provisória. Mas o Supremo Tribunal
Federal vetou o adiamento.