BSPF - 09/11/2018
Capitão da reserva disse que não poderia intervir em decisão
do Senado porque ainda não é presidente: “Tentam colocar na minha conta”
Em live transmitida pelo Facebook nesta sexta-feira (9/11),
o presidente eleito, Jair Bolsonaro, jogou para o presidente Michel Temer a
responsabilidade de vetar o reajuste salarial de 16,38% para o Judiciário. Ao
lembrar que considera inoportuno esse aumento no atual momento do país, o
capitão da reserva ressaltou que não teria poderes para intervir. “Estão
tentando colocar na minha conta o reajuste do Judiciário. Mas não sou
presidente ainda. A decisão não é minha. É do presidente Temer, se vai
sancionar ou vetar”, reagiu.
Segundo Bolsonaro, a intenção daqueles que querem colocar
sob sua responsabilidade o reajuste é fazê-lo iniciar o governo “com problemas
junto a algumas instituições.” “Se eu fosse o presidente, tomaria a decisão.
Mas não sou. A decisão agora está nas mãos do senhor Michel Temer, como estava
nas mãos do senhor Eunício Oliveira [presidente do Congresso] a votação desse projeto”,
destacou.
Reforma da Previdência não pode quebrar o trabalhador
“O jornal O Globo de hoje bota na minha conta a
possibilidade de passar de 11% para 22% a contribuição previdenciária. Isso é
um absurdo. Não podemos falar de salvar o Brasil quebrando o trabalhador. O que
recebi em Brasília foram projetos para estudar o que se pode aproveitar ali
para o ano que vem. Pelo que eu estou vendo, pouca coisa pode ser aproveitada.
Nós queremos a reforma da Previdência, mas não podemos começar com a
previdência do trabalhador que desconta os 11% do INSS. Tem coisa errada? Tem.
Mas a previdência pública é a mais deficitária”.
Com informações do Portal Metrópoles