BSPF - 31/12/2018
Futuro ministro da Secretaria de Governo afirma que a
sociedade cansou de corrupção e cita os escândalos do Rio e da Petrobras
Um dos homens de confiança do presidente eleito, Jair
Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz recebeu do amigo, de mais
de 40 anos, a complexa missão de comandar a Secretaria de Governo a partir de
terça-feira. Ali, no ministério, cuidará do bilionário Programa de Parceria de
Investimentos (PPI), da publicidade estatal e da relação com prefeitos,
governadores e integrantes de sindicatos e organizações civis. “A porta de
entrada é aqui. Os grupos têm de se sentir com liberdade. MST, ONGs, gays, Fiesp,
OAB, índios, todos”, disse Santos Cruz em entrevista ao Correio na última
sexta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de
transição, que acaba oficialmente nesta segunda (31/12).
Durante conversa de 90 minutos, Santos Cruz, como de
costume, sorriu poucas vezes, mas desmonstrou tranquilidade e convicção ao
falar sobre todos os temas. A característica circunspecta o levou a ser
protagonista de memes na internet. “É a história da imagem que as pessoas têm e
fazem de você”, disse ele, para finalmente abrir o sorriso ao ser apresentado a
uma das figuras que viralizaram, onde aparece com a cara fechada. Na foto, uma
legenda diz: “Que a minha alegria possa te contagiar hoje e sempre. Feliz
Natal”. Questionado sobre o fato de que a polarização política e as declarações
de Bolsonaro durante o período da campanha levaram as minorias a se preocuparem
com o acesso ao governo, o futuro ministro afirmou: “Isso é um absurdo. Quem
divulga isso é completamente fora da realidade. Somos pagos para isso. É
obrigação receber todo mundo, a finalidade é essa.”
Na entrevista, Santos Cruz afirmou que percebeu a força de
Bolsonaro quando o discurso do capitão reformado se mostrou em sintonia com o
anseio social. “Ninguém aguentava mais tanta corrupção. No Rio, o crime
organizado começava no Palácio da Guanabara.” No plano federal, citou o...
Leia a íntegra em 'Há gangues no serviço público', afirma general Santos Cruz ao Correio