Agência Brasil
- 11/01/2019
Brasília - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
disse hoje (11) que a tendência do governo é apresentar uma única proposta de
reforma da Previdência para o Congresso. Com isso, não seriam levadas propostas
avulsas para categorias específicas. “Estamos discutindo dentro da equipe
técnica e a tendência é uma única proposta preparando o sistema para o futuro.
É a tendência nesse momento”, disse o ministro após solenidade no Clube do
Exército.
Isso não significa que os militares serão incluídos na
reforma preparada pelo governo Jair Bolsonaro. A possibilidade ainda está em
estudo pela equipe técnica coordenada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
O novo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, que assumiu o posto
nesta segunda-feira, é contrário à inclusão dos militares na reforma da
Previdência.
Na opinião do general, o sistema previdenciário das Forças
Armadas não deveria ser modificado na reforma da Previdência. “A intenção
minha, como comandante do Exército, se me perguntarem, [é que] nós não devemos
modificar o nosso sistema”.
Segundo Lorenzoni, haverá uma “reunião preparatória” na
próxima segunda-feira (14) para tratar da reforma, mas a proposta só será
levada para apreciação do presidente na semana seguinte. Ele acrescentou que o
governo trabalha por uma reforma que “não sacrifique ninguém”.
“Queremos uma reforma que não sacrifique ninguém. Onde
salvemos o sistema previdenciário brasileiro, que seja possível o equilíbrio
fiscal do Brasil. Vamos apresentar uma reforma que, ao mesmo tempo, permita o
equilíbrio fiscal mas é fraterna, tem olhar humano para todos os brasileiros”.
Medidas provisórias
O ministro também disse que as medidas provisórias sobre
flexibilização do posse de armas e de combate a fraudes previdenciárias devem
sair no início da próxima semana. Segundo ele, os textos estão “nos ajustes
finais”.