Agência Brasil
- 23/01/2019
Brasília - O presidente em exercício, general Hamilton
Mourão, disse hoje (23) que a disposição do segmento militar é que a votação do
sistema previdenciário de militares seja feita após a reforma da Previdência de
outras categorias profissionais. De acordo com ele, as modificações para os
militares devem ser propostas via projeto de lei.
“Eu acho que essa é a ideia do ministro da Defesa [Fernando
Azevedo e Silva] e do segmento militar. Quem decide é o presidente, porque
projeto de lei é mais fácil, é maioria simples, acabou”, disse.
Segundo Mourão, mudanças no sistema previdenciário de
militares serão feitas por projeto de lei e o das categorias civis, por emenda
constitucional. No caso de proposta de emenda constitucional (PEC) requer
mínimo de 308 na Câmara e 49 no Senado, incluindo dois turnos de votação em
abas as Casas.
O general deu a declaração após ser perguntado sobre uma
afirmação do presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Bloomberg na manhã de
hoje, em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. Segundo a
reportagem, Bolsonaro afirmou que os militares entrarão "na segunda parte
da reforma".
Na segunda-feira (21), Mourão afirmou que o tempo de
serviços prestados pelos militares na ativa deve aumentar a partir da reforma
da Previdência. Questionado se o período de contribuição passaria de 30 anos
para 35 anos, Mourão disse: “Em tese, é isso aí, com uma tabela para quem já
está no serviço, um tempo de transição”.