Correio Braziliense
- 02/01/2019
Enxugamento da máquina pública pode atingir até 30 mil
comissionados nos primeiros 100 dias de governo. Ministros ainda vão mapear
postos de livre provimento passíveis de eliminação. Abertura de concursos
permanecerá suspensa e fim da estabilidade será avaliada
A escassez de concursos públicos e o corte de cargos
comissionados devem marcar a política administrativa nos 100 primeiros dias do
novo governo. Cada ministro vai mapear vagas que podem ser cortadas e estudar
remanejamento de servidores, a fim de evitar que a redução do quadro de pessoal
comprometa o funcionamento da máquina. A promessa é de uma administração
pública enxuta.
Os cortes nos postos de livre nomeação devem atingir mais a
administração pública indireta, sobretudo empresas públicas e agências
reguladoras. “São onde estão os maiores salários”, afirmou um interlocutor do
ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Em empresas de economia mista,
como o Banco do Brasil, o descomissionamento já é uma realidade. “Estamos
fazendo uma reestruturação para que haja cortes nesse sentido”, acrescentou a
fonte. Na última semana, o ministro confirmou a intenção em reduzir o quadro de
indicados. “Cada ministério ainda está definindo o volume dos cortes que serão
feitos”, disse.
A ideia do governo é cortar até 30% dos comissionados, como
disse o próprio Bolsonaro, em novembro do ano passado. O Painel Estatístico de
Pessoal (PEP), do Ministério do Planejamento, informa que, em novembro, eram
99,4 mil os postos de livre nomeação, somadas administração pública direta e
indireta. Um corte na grandeza mencionada pelo presidente indicaria uma redução
de...
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