BSPF - 05/03/2019
Marinha vai assumir postos de comando nas superintendências
de portos, no Ibama e no Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade
O governo de Jair Bolsonaro vai ampliar a militarização na
máquina pública federal, com a entrega para a Marinha de postos de comando nas
superintendências de portos, no Ibama e no Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMbio). Após a nomeação para ministérios importantes,
os militares agora são chamados a ocupar também cargos no segundo e terceiro
escalões.
Trata-se de uma nova fase do movimento crescente de escolha
de oficiais da reserva das Forças Armadas para posições estratégicas e setores
historicamente envolvidos em denúncias de corrupção. Levantamento feito pelo
Estado contabiliza pelo menos 103 militares na lista dos cargos comissionados
de ministérios, bancos federais, autarquias, institutos e estatais, entre elas
a Petrobrás.
Segundo analistas, fatores como o desgaste da classe
política e uma estrutura partidária ainda frágil do presidente Jair Bolsonaro
permitem o avanço dos militares na burocracia federal.
Na última semana, foram escolhidos os almirantes da reserva
da Marinha Francisco Antônio Laranjeiras e Elis Triedler Öberg para comandarem
os portos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, respectivamente. Para o
cargo de diretor-presidente da Companhia Docas de São Paulo, que controla o
Porto de Santos, o governo nomeou o engenheiro naval civil Casemiro Tércio
Carvalho. Ele, no entanto, terá a seu lado um militar da Marinha para “sanear”
o órgão e acabar com “entraves” burocráticos.
Em defesa desse movimento do governo, um oficial do Alto
Comando das Forças Armadas disse que a escolha de militares para cargos de
confiança tem por objetivo conferir credibilidade aos postos com base em “um
modo eficiente de administrar”, com “zelo pelo...
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Fonte: Veja