ISTOÉ - 01/03/2020
Serviços federais começam a ser paralisados pelo
estrangulamento de verbas e pela falta de servidores. Governo caminha para a
total imobilidade
Como acontece com as novas administrações, o governo
Bolsonaro recebeu em sua fase inicial um crédito de confiança e contou com a
boa vontade da população. O presidente eleito prometeu destravar a economia e
atrair investimentos, modernizando os serviços públicos. Era sabido que o
governo precisaria driblar a falta de verbas, então os recursos privados seriam
fundamentais. Um ano após a posse, para decepção geral, impôs-se uma realidade
completamente diferente.
O que se vê é uma paralisia crescente na máquina
estatal, por problemas que vão desde o estrangulamento das verbas e a falta de
servidores até a desídia gerencial. Os craques em desenhar o futuro do País não
fizeram o dever de casa e estiveram, até agora, mais ocupados em destruir do
que em construir qualquer coisa. O governo renega as políticas existentes e não
promove novas. Segundo diz, seu objetivo é rever a estrutura do funcionalismo
em escala nacional e fazer uma “revolução digital” nos serviços. Mas o que se
vê, por enquanto, são filas quilométricas nas repartições e uma crescente
insatisfação da população.
A Previdência Social começou 2020 com quase dois milhões de
pedidos de aposentadoria parados: faltam funcionários e o governo não contrata
Sem bolsa família
Um dos casos de inoperância mais gritantes é o do Bolsa
Família, principal programa social e de distribuição de renda do governo
brasileiro. Neste momento, a fila de espera pela Bolsa Família chega a 3,5
milhão de...
Leia a íntegra em O apagão da máquina pública