Brasil 247 - 17/08/2020
Tentando minimizar o tom do governo Jair Bolsonaro, Rodrigo
Maia afirmou que o parlamento não vai fazer uma reforma administrativa para
perseguir os servidores públicos
Em meio à uma campanha encampada pelo ministro Paulo Guedes
por uma reforma administrativa tendo como alvo os servidores, o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou o envio da proposta pelo
governo Jair Bolsonaro ao Congresso.
Tentando minimizar o tom do governo, Maia afirmou que o parlamento não vai perseguir os servidores públicos.
“A reforma administrativa que nós queremos não vai perseguir
os servidores, cortar o salário, não é isso. Queremos olhar o serviço público
nos próximos 10 anos, com melhor qualidade, com modernização, menos burocracia
e que possamos atender as áreas fundamentais — saúde, educação e segurança —,
que a gente possa atender melhor o cidadão”, declarou Maia, em entrevista ao
Jornal da Tropical, da TV Tropical RN/Record TV.
“Uma reforma administrativa, com um olhar para os novos servidores e para essa nova administração pública, ela não vai enfrentar os atuais, mas vai gerar melhores condições, onde o mérito tem importância, a melhoria na qualidade da educação possa gerar resultado. Queremos valorizar o servidor. A gente sabe que a sociedade reclama muito do serviço público dos Três Poderes”, disse.
Maia destacou que as duas grandes despesas do governo
federal são Previdência e administração pública. “Se a gente não controlar
essas despesas e não melhorar a qualidade da administração pública, vamos ter
um Estado daqui a alguns anos que vai apenas pagar salário e aposentadoria. Não
é isso que a gente quer, queremos um Estado que valorize o servidor público,
sobretudo aquele que está na ponta — como professor, médico, policial —, mas
que eles tenham condições de atender melhor o cidadão”, defendeu.