Metrópoles - 12/09/2020
Intervenção da Casa Civil gera críticas de servidores e até
mesmo dentro do Palácio do Planalto. Prática é vista como aparelhamento
Intervenções da Casa Civil em nomeações de outros órgãos têm
gerado desconforto e críticas nos bastidores do governo federal. A reclamação é
de que a leitura da pasta ligada à Presidência da República tem sido feita de
forma puramente política, não com base em critérios de habilidade ou formação,
por exemplo.
O mecanismo para se receber a chancela – e o nome no Diário Oficial da União – é assim: o indicado tem o nome avaliado pelo ministro da respectiva pasta (isso também em casos de órgãos e autarquias) e, ao mesmo tempo, pela Casa Civil. Se de lá vem a negativa, mesmo o titular do setor aprovando, a nomeação não acontece.
Um dos casos ocorreu em um órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A indicação da pasta recebeu a negativa com o argumento “não é oportuna nem conveniente a nomeação”.
A avaliação da Casa Civil, segundo esses relatos, é baseada
em uma espécie de “termômetro de bolsonarismo”, que inclui análise da postura
dos candidatos nas redes sociais, manifestações políticas conhecidas e ligações
com...
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