Blog do Vicente - 03/09/2020
A expressão “sangue azul”, muito usada no governo de Dilma Rousseff para se referir à elite do funcionalismo, está mais viva do que nunca na administração de Jair Bolsonaro. A proposta de reforma administrativa encaminhada nesta quinta-feira (03/09) ao Congresso mantém privilégios para as chamadas carreiras de Estado.
Pelo projeto, os “sangue azul” estão blindados do corte de salários e de jornada e terão a estabilidade intocada, inclusive em futuros concursos. A lista inclui auditores fiscais, policiais federais, funcionários do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), advogados da União e diplomatas. A lista oficial ainda não foi divulgada.
Segundo o Ministério da Economia, “a vedação da redução de remuneração e jornada para os cargos típicos de Estado está mantida na proposta”. Antes mesmo de o ministério reforçar isso, o Palácio do Planalto já havia informado representantes dos “sangue azul” que eles seriam preservados na reforma.
Carreirão será o mais afetado pela reforma
A reforma atingirá, sobretudo, o chamado carreirão, que representa 80% dos servidores federais. São, principalmente, professores e funcionários da saúde. Eles, no entanto, têm pouca representatividade no Congresso. Portanto, o lobby é fraco.
No Palácio do Planalto, a justificativa é de que o governo
precisa proteger as carreiras de Estado, que são...
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