O Dia - 15/10/2020
Presidente da Associação Nacional dos Servidores do
Ministério Público (Ansemp), Flávio Sueth alega que medida ampliará
apadrinhamentos e casos como o dos 'Guardiões do Crivella'
O fim da estabilidade é praticamente a espinha dorsal do
projeto de reestruturação do serviço público brasileiro, entregue pelo governo
federal ao Congresso no início de setembro, com alegação de melhora na
eficiência do setor. Mas representantes do funcionalismo rebatem. As categorias
dizem que, ao acabar com essa garantia, o governo vai ajudar a ampliar
apadrinhamentos na administração pública e, consequentemente, a corrupção.
Para o presidente da Associação Nacional dos Servidores do
Ministério Público (Ansemp), Flávio Sueth, o fim da garantia de permanência no
cargo e a criação de novos vínculos (veja no infográfico ao fim da matéria)
compõem uma das fases da reforma. E, segundo ele, é a etapa que permitirá
"a extinção da maioria dos serviços públicos".
"E, nos que sobrarem, permitirá a ampliação dos
apadrinhados e da corrupção, como a que vimos nos casos dos 'Guardiões do
Crivella'", declarou Sueth.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço
Público, o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF) também adota esse
discurso. Em entrevista à coluna, em 13 de setembro, Batista disse que, na
verdade, o governo se equivoca ao apontar que o problema do setor público são
os servidores concursados.
"O governo diz que há má prestação do serviço público e
que o fim da estabilidade é a solução para melhorá-lo. Mas é justamente o
contrário: onde você tem estabilidade, o serviço público é melhor", disse
Batista. "O governo diz que a prestação do serviço público é ruim, e faz
um...
Leia a íntegra em 'Fim da estabilidade aumentará corrupção
no setor público', diz representante de servidores