Metrópoles - 15/10/2020
Os funcionários mais velhos fazem parte do grupo de risco
para Covid-19 e têm maior chance de complicações em caso de infecção
Ainda há muitos mistérios em torno da Covid-19, no entanto,
a ciência comprovou que a doença apresenta riscos maiores para pessoas acima de
60 anos. Essa informação tem dificultado o processo do governo federal em
retomar o trabalho presencial antes de uma vacina ser aprovada. Isso porque
quase metade (47,8%) dos servidores federais está nessa faixa etária. No caso
de 27 órgãos, o grupo representa mais da metade da força de trabalho.
Os números são do Ministério da Economia e estão disponíveis
no Painel Estatístico de Pessoal (PEP). As informações se referem ao mês de
agosto de 2020 e foram analisadas pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados
do Metrópoles.
O Departamento Nacional De Obras Contra As Secas (Dnocs) é o local com a maior porcentagem de servidores com mais de 60 anos. São 8,3 mil pessoas no grupo, de um quadro total de 10 mil funcionários. Isso representa quase 83% do total.
Completam o top 3 a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com
72,9% do total com mais de 60 anos, e o Comando do Exército, com 72,1%.
O gráfico a seguir traz a porcentagem para todos os órgãos
listados no PEP. Inicialmente, são mostrados os dados dos dez com o maior
percentual, mas é possível fazer uma busca para encontrar informações de outros
órgãos.
Impeditivo
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) aponta o grande número de servidores no grupo de risco como um impeditivo e visa que o trabalho presencial só volte depois de uma vacina ter sido aprovada.
“Achamos muito complexo essas pessoas estarem se deslocando
todo dia, muitas em transporte público, se contaminarem e levarem o vírus para...
Leia a íntegra em Teletrabalho: 27 órgãos federais têm mais de 50% dos servidores acima de 60 anos