sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Medida provisória estende até 2022 gratificações para requisitados da AGU

 

BSPF     -     04/12/2020


O presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que estende até 2022 o pagamento de gratificações a servidores requisitados pela Advocacia-Geral da União (AGU). A MP 1.013/2020 foi publicada nesta sexta-feira (4) no Diário Oficial da União. 

A prorrogação vale para a Gratificação de Representação de Gabinete e para a Gratificação Temporária. Sem a medida provisória, o pagamento dos benefícios seria cancelado nesta sexta-feira. 

A MP 1.013/2020 tranca a pauta de votações a partir de 28 de fevereiro e tem validade até 14 de março de 2021. O prazo para apresentação de emendas vai até a próxima terça-feira (8). 

A medida provisória altera a Lei 10.480, de 2002, que detalha o quadro de pessoal da AGU. Quando foi sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, a norma previa o pagamento das gratificações até o desligamento dos servidores requisitados. A partir de 2004, uma série de medidas provisórias e leis passou a estabelecer limites para a concessão do benefício. 

A primeira mudança foi por meio da Lei 10.907, de 2004. O texto autorizava o pagamento da Gratificação de Representação de Gabinete e da Gratificação Temporária até que fossem “empossados os aprovados no primeiro concurso público para provimento de cargos efetivos do quadro de pessoal da AGU”. Desde então, o dispositivo sofreu 15 alterações com o objetivo de estender a validade do bônus. 

A última mudança ocorreu no ano passado, quando o presidente Jair Bolsonaro editou a MP 872/2019. Convertida na Lei 13.841, de 2019, a matéria prorrogou o pagamento das gratificações até dezembro deste ano. Na exposição de motivos da MP 872/2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o então advogado-geral da União e atual ministro da Justiça, André Mendonça, argumentavam que a prorrogação das gratificações era necessária para “a continuidade dos serviços de apoio à atividade jurídica” da AGU. 

De acordo com o documento, 51,9% do quadro efetivo de serviço de apoio administrativo do órgão pediria aposentadoria em 2020. Segundo a exposição de motivos, os servidores requisitados e cedidos “compõem expressiva força de trabalho de apoio à AGU”. “Se compararmos com o número total de funcionários requisitados pela AGU na capital federal, o universo dos beneficiários dessas gratificações atinge 77,3%. Ou seja, de cada dez servidores requisitados para trabalhar na área administrativa em órgãos da AGU em Brasília, sete deles recebem as gratificações”, informa o documento. 

Fonte: Agência Senado


Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra