Agência Senado
- 24/10/2014
Faz tempo que os brasileiros recorrem ao humor para criticar
os funcionários públicos. Num Carnaval do início dos anos 50, os foliões do Rio
foram embalados pela marchinha Maria Candelária, que falava de uma servidora
que só aparecia na hora de bater o ponto e ir embora. Mais recentemente, em meados
dos anos 2000, na série Os Aspones, da TV Globo, o trio Marisa Orth, Drica
Moraes e Pedro Paulo Rangel arrancou gargalhadas como funcionários de um
poeirento arquivo onde simplesmente não havia serviço.
As críticas ficaram datadas. O serviço público no Brasil já
não é uma casta de burocratas despreparados, pouco afeitos ao trabalho e
repletos de mordomias. Basta verificar a qualificação da nova geração de
funcionários públicos. No Poder Executivo federal, a grande maioria, 66,5%, tem
diploma universitário. A parcela pós-graduada praticamente dobrou de dez anos
para cá, passando de 12% para 21% — metade tem doutorado. No caso dos que não
passaram do ensino fundamental, o índice caiu de 17% para 7%. Nos demais
Poderes (Legislativo e Judiciário) e esferas (estadual e municipal), a máquina
pública também vem se profissionalizando de forma extraordinária. Esses números
são motivo suficiente para que no Dia do Servidor Público - 28 de outubro - o
país comemore.
— A qualidade das políticas públicas é diretamente
proporcional ao nível profissional dos servidores. São eles que assessoram a
classe governante na elaboração das políticas e também são eles que executam os
projetos. O grande beneficiado, no fim das contas, é o...
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