Valor Econômico
- 21/05/2015
Os bancos brasileiros deverão enfrentar mais riscos sobre a
qualidade dos ativos nas carteiras de crédito consignado, segundo a agência
Fitch, caso seja aprovada a medida provisória 661, que propõe ampliar de 30%
para 40% a margem da remuneração do trabalhador ou aposentado que pode ser
comprometida com os empréstimos. A Fitch diz em relatório que essas mudanças
chegam na sequência de alterações já aprovadas em outubro, em que o governo
ampliou o prazo para que Servidores Públicos federais paguem os empréstimos.
As
mudanças tendem a impulsionar ainda mais o crescimento da modalidade. Hoje, o
crédito com desconto em folha representa 30% dos empréstimos domésticos.
"As mudanças regulatórias adicionam risco à precificação da carteira e ao
risco de mortalidade que os bancos carregarão", diz a Fitch. (Fabiana
Lopes)