Autor(es): VÂNIA CRISTINO |
Correio Braziliense - 28/09/2009 |
“Estava tudo certo. Não vi problema algum”, disse o veterinário Bruno Lemos da Silva, que está tentando uma vaga para analista técnico administrativo. Ele fez prova ontem à tarde na Universidade Paulista/Objetivo, da 913 Sul. Bruno classificou a prova como de dificuldade média. Não é a primeira vez que ele faz um concurso. Incentivado pela mãe, que é servidora pública, Bruno contou que está investindo numa carreira mais estável, embora tenha emprego na iniciativa privada. “Posso ganhar mais”, observou.
Como Bruno, 59 mil candidatos disputaram uma das 450 vagas de nível médio e superior oferecidas pelo Ministério da Justiça. As provas foram aplicadas em Brasília e em mais 11 capitais do país. Os salários variam de R$ 2.067,30 a R$ 2.643,28. A maior parte dos candidatos — 40.669 — é formada por aspirantes a agente administrativo(nível médio). Eles fizeram as provas no domingo pela manhã. No período da tarde, as provas foram dirigidas apenas aos candidatos ao cargo de analista técnico administrativo. No sábado, fizeram prova os demais candidatos a cargos de nível superior.
A Funrio explicou que dividiu as datas das provas para não prejudicar os candidatos que também fariam a prova da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). As provas para a Enap foram aplicadas domingo. Lá são apenas 45 vagas, sendo 44 para técnicos em assuntos educacionais e uma para bibliotecário. O salário inicial é de R$ 2.643,28.
Quem se sentiu prejudicado com o adiamento das provas desistiu do concurso do Ministério da Justiça e quer a devolução do dinheiro pago deve entrar em contato com a Funrio por e-mail (funrio@funrioconcursos.com.br) e enviar os dados pessoais, da inscrição e da conta bancária. A entidade garante que vai atender aos pedidos de cancelamento e devolver o dinheiro pago pela inscrição. A organizadora pede compreensão por parte dos concurseiros pois, devido ao volume de pedidos, não tem conseguido responder a todos no tempo adequado.
Confusão
No dia 6, esse mesmo concurso foi alvo de polêmica devido a denúncias de candidatos. Em pelo menos dois locais de prova em Brasília os nomes dos inscritos não batiam com os nomes afixados pela Funrio. Provas foram entregues sem lacre e, nas salas, as carteiras não correspondiam aos candidatos que deveriam fazer o exame. Conclusão: a seleção foi anulada depois que um grupo de inscritos chamou a polícia, foi à delegacia e até ao próprio Ministério da Justiça pedindo providências.
Segundo o Ministério da Justiça, todas as providências foram tomadas para que o vexame não se repetisse. A organizadora seguiu à risca. Para se certificar de que tudo daria certo, o Ministério da Justiça mandou funcionários do quadro próprio para os locais de provas, além de garantir a presença da polícia federal para evitar qualquer transtorno. (VN)