sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dois dias parados

Autor(es): Luciano Pires
Correio Braziliense - 16/10/2009


No primeiro dia da paralisação de 48 horas convocada por sindicatos ligados a 10 setores do funcionalismo federal e prevista para durar até hoje, a Esplanada dos Ministérios não ficou congestionada, os protestos foram discretos e as repartições funcionaram normalmente ontem. Apesar disso, a avaliação dos organizadores é de que o ato correspondeu às expectativas e serviu de prévia para uma greve por tempo indeterminado que está programada para começar a partir de 10 de novembro.

Concentrados pela manhã em frente ao
Ministério doPlanejamento, um grupo de cerca de mil servidores saiu em caravana até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), para onde foi transferida provisoriamente toda a estrutura do Palácio do Planalto, inclusive o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com faixas e gritos de protesto, o grupo cobrou do governo o cumprimento integral dos acordos salariais fechados em 2008 e 2009 e o reajuste de benefícios como o auxílio-alimentação. Lula não viu o protesto porque está em viagem oficial ao Nordeste acompanhando as obras de transposição do rio São Francisco.

Oton Neves, secretário-geral do Sindicato dos Servidores Público Federais no DF (Sindsep-DF), disse que os funcionários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), administrativos da Advocacia-Geral da União (AGU), ministérios da Justiça, Agricultura, Fazenda, Cultura, Trabalho, Saúde, Ciência e Tecnologia, civis de órgãos militares e agências reguladoras estão dispostos a parar no mês que vem se as negociações não forem reabertas. “A falta de lógica na política de recursos humanos”, afirmou. O governo nega que os acordos firmados com as categorias não estejam sendo respeitados.

Ontem, o
ministro do Planejamento, PauloBernardo, reconheceu que alguns benefícios pagos ao pessoal do Executivo estão defasados. Segundo ele, o caso mais urgente é o do tíquete-alimentação.Bernardo disse que já está negociando para incluir noOrçamento os recursos necessários para atualizar o valor do benefício que atualmente varia de R$ 126 a R$ 161,99 por mês e está congelado desde 2004. (LP)



O número

Movimento
1 mil
Total de servidores que se concentraram em frente ao
Ministério do Planejamento



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