Bom Dia Brasil - 05/01/2011
O verdadeiro nome do servidor público, é ‘servidor do público’, que recebe dos impostos do público para prestar bons serviços a este mesmo público.
Na reportagem sobre concursos públicos, chama atenção o fato de, antigamente, o funcionário público ter um sentido de missão, de ajudar as pessoas. Serviço público era uma carreira, mas a pessoa tinha que ter a vocação. Claro que é legitimo querer ter uma carreira, mas será que isso mudou completamente?
Nos países europeus ainda é assim. A verdade é que o concurso é a melhor forma de ingresso no serviço público porque não depende de ‘pistolão’, de padrinho, de cumpadre, de tio, sogro e cunhado, de partido, de gratidão de subserviência. É a prática do que determina a Constituição: serviço público é impessoal.
No Brasil isso está escrito na Constituição, mas na prática, a teoria é outra. O concurso acaba sendo desculpa para justificar as outras nomeações para cargos, que passam de 20 mil só no Governo Federal. Nos governos Estaduais e Municipais também e posto em prática falar em concurso e, nomear cargos eleitorais, similares e afins e genéricos.
Quem presta concurso é, muitas vezes, mais atraído pela estabilidade e pela segurança do que pelo próprio salário. A garantia de uma demissão difícil, emprego para o resto da vida, faça o que fizer: provar o mérito em um concurso e, depois, não precisar provar este mérito a cada hora, de cada dia do expediente.
A função de estado é viver para servir ao país. O verdadeiro nome do servidor público, é ‘servidor do público’. É aquele que recebe dos impostos do público para prestar bons serviços a este mesmo público. Por isso o ideal é que antes de decidir por um concurso, deva-se pensar muito bem para descobrir se há vocação para servir ao público, depois de posto no cargo.