Autor(es): Cristiane Bonfanti
Correio Braziliense - 26/05/2011
Três anos depois da denúncia de fraude contra o concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2007, a Justiça em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, acolheu ação do Ministério Público Federal (MPF) contra 10 suspeitos de violarem o certame, que ofereceu 340 vagas. Na sexta-feira anterior à prova, um homem foi flagrado tentando vender o gabarito do exame por R$ 40 mil. Por recomendação do MPF, à época, as avaliações foram suspensas. Elas foram retomadas sete meses depois.
Segundo o MPF, seis réus estavam inscritos no concurso e os outros quatro são servidores — um do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ), que organizava a seleção, e três do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Os suspeitos tiveram seus bens bloqueados para cobrir prejuízos aos cofres públicos, estimados em R$ 10 milhões, e respondem pelos crimes de corrupção, receptação, peculato (desvio de bens públicos por servidor) e violação de sigilo funcional.
A Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro anulará o concurso com 100 vagas, ainda não homologado, para o cargo de auditor fiscal da Receita Estadual realizado em 17 e 21 de abril. Em nota, o governo informou que tomou a decisão, após saber que houve substituição de cartões de resposta de candidatos.