Agência Senado
- 21/10/2011
As condições de saúde dos servidores da extinta
Superintendência de Combate à Malária (Sucam) será tema, na terça-feira (25), de
audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa
(CDH). Muitos dos servidores que trabalharam no combate a endemias no Brasil
alegam ter sido intoxicados pelo DDT, inseticida usado no trabalho.
Chamados popularmente de guardas da malária, os
trabalhadores dizem que utilizavam o inseticida sem ter tido treinamento
adequado. Atualmente, centenas desses trabalhadores tentam provar na Justiça a
intoxicação por DDT. Levantamento realizado pela Assembléia Legislativa do Acre
aponta que, desde 1994, pelo menos 50 pessoas morreram devido ao envenenamento
pelo inseticida.
Usado durante mais de 50 anos no combate à malária no
Brasil, o DDT foi banido de diversos países já na década de 70 e, no Brasil, a
proibição definitiva veio em 2009. Entre os sintomas atribuídos à intoxicação
por DDT estão tremores, problemas no sistema nervoso e dor nas articulações.
Há, ainda, estudos que apontam para o risco de câncer.
Foram convidados para a audiência pública o presidente da
Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Gilson de Carvalho Queiroz Filho; o chefe
da Secretaria de Vigilância de Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa; e
o presidente da Associação DDT- A Luta Pela Vida, Aldo Moura.
A audiência está marcada para as 10h, na sala 2 da Ala Nilo
Coelho.