Cristiane Bonfanti
O Globo - 24/07/2013
Planejamento mantém os já autorizados e os em andamento
Durante a divulgação do contingenciamento, a ministra Miriam
Belchior disse que os aprovados para o concurso de gestor público federal só
deverão ser nomeados em 2014. Ela destacou também que houve uma grande chamada
este ano para os aprovados na seleção de delegado da Polícia Federal.
- A segunda chamada só no ano que vem - exemplificou a
ministra, ressaltando que os prazos legais serão cumpridos.
Miriam disse que o governo fará um pente-fino rigoroso nos
cargos de caráter administrativo para identificar os que são realmente
necessários, como os que visam a substituir aposentadorias. Já está certo que
as seleções para o Ministério da Fazenda e para a Escola Nacional de
Administração Pública do Ministério do Planejamento serão adiadas.
Professores preservados
O contingenciamento do valor destinado às despesas com
pessoal e encargos sociais foi de R$ 2,5 bilhões, um quarto da tesourada total
de R$ 10 bilhões anunciada pelo governo. A ministra assegurou que o governo
preservou integralmente a previsão de entrada de professores e técnicos para a
ampliação da rede superior de ensino e da rede de escolas técnicas.
Também estão na prioridade do Executivo as contratações
relacionadas à estruturação dos centros nacionais de Monitoramento e Alerta de
Desastres Naturais e de Gestão de Riscos e Desastres. As nomeações para
reforçar os ministérios da área de infraestrutura e meio ambiente também estão
mantidas.
- Para as demais áreas, estamos adiando as contratações.
Algumas (contratações serão) ainda para este ano e outras (estamos) adiando,
reavaliando quando elas deverão ser realizadas - afirmou.
José Wilson Granjeiro, diretor-presidente da escola
preparatória Gran Cursos, em Brasília, considerou que processos seletivos que
são considerados estratégicos para o país, sobretudo nas vésperas da Copa do
Mundo de 2014, não serão afetados.
O economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria,
avaliou positivamente o contingenciamento dos gastos com pessoal. Ele observou
que, enquanto as despesas com funcionalismo ficam entre 4% e 4,2% do PIB, os
investimentos do governo federal correspondem a 1% do PIB.
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