BSPF - 22/07/2013
SÃO PAULO - Fernando de Abreu, da ABC (Agência Brasileira de
Cooperação), defende que a criação de uma quarta carreira no Itamaraty (além de
diplomata, oficial de chancelaria e assistente de chancelaria), a de técnico em
cooperação internacional, esteja entre as mudanças.
Hoje, a agência tem só três diplomatas e cerca de dez
oficiais de chancelaria cargo técnico, de ensino superior. Os outros
funcionários cerca de 60 técnicos e analistas em cooperação são
temporários, contratados via Pnud.
"Deveriam ser do quadro do Itamaraty, mas o ministério
não tem estrutura e isso é uma coisa importante que a presidente já
mencionou: é preciso ter um quadro permanente de pessoal na ABC."
O pesquisador Eduardo Achilles também defende a criação
desse corpo permanente: "Existe muito pouco incentivo hoje para que
diplomatas jovens se especializem nessa área."
Nova carreira só pode ser criada por projeto de lei. Hoje há
1.405 diplomatas no quadro ordinário do Itamaraty (mais 300 do quadro
especial), 1.000 oficiais de chancelaria e 1.200 assistentes. São 227 as
representações pelo mundo.