segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sindicatos de servidores apelam a lobistas no Congresso Nacional


Diário de Pernambuco     -      22/07/2013




Todos os dias, os parlamentares são abordados por “assessores" cuja única função é defender os interesses de sindicatos, associações e membros da elite do serviço público

 O corporativismo nasceu como doutrina político-econômica na Idade Média, quando artesãos e comerciantes regulavam as atividades que desempenhavam para balizar os lucros, baratear custos e evitar concorrência. No século 19, o marxismo aperfeiçoou a teoria, com base na luta de classes entre o trabalhador e a burguesia, para mais tarde ser desvirtuada pelo fascismo italiano, que deu origem ao conceito de organização sindical. No Brasil das centrais sindicais de emergentes lideranças políticas, o significado se transmutou e ganhou força entre as entidades representativas, entre as quais as de servidores públicos.

Muito bem engravatados, com sapatos lustrados, bótons similares aos que senadores e deputados usam para identificar a quem eles representam, os lobistas a serviço dos sindicatos, associações e dos "sangues-azuis", como são chamados a elite do funcionalismo, percorrem os corredores do Congresso com desenvoltura. Com a justificativa de "defender pleitos da categoria", esses "assessores parlamentares", como costumam se apresentar, articulam a derrubada de itens das pautas das comissões, marcam encontros entre as lideranças sindicais e parlamentares e passam pente-fino nos projetos que chegam ao Senado e à Câmara para identificar ameaças e oportunidades de engordar mordomias e benefícios.

Na última semana, o Correio acompanhou no Congresso a atuação desses lobistas. Durante a sessão da terça-feira da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, era possível identificar "assessores" da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).



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