Correio Braziliense
- 13/10/2013
Uma das maiores operadoras de saúde do país tem em sua
carteira 442 pessoas com 100 anos ou mais. Esse público faz parte da clientela
da Fundação de Seguridade Social (Geap), responsável por atender 600 mil
Servidores Públicos, 45,6% deles com mais de 60 anos. O aumento da expectativa
de vida da população brasileira tem levado os planos de saúde a se reestruturarem.
A estimativa do setor é de que nos próximos 15 anos, os gastos, dos convênios
relacionados ao atendimento dos idosos passem de 27% do total, em 2010, para
42%.
A quantidade crescente de idosos - que utilizam com mais
frequência os serviços médicos e hospitalares - tem obrigado as empresas de
saúde suplementar a encontrar alternativas. "As operadores precisam de
mudanças que levem à redução do impacto do crescimento dos custos à medida que
a população vai envelhecendo", pontua a gerente de Promoção da Saúde da
Geap, Luciana Rodriguez.
A alternativa encontrada pela Geap, segundo Luciana, foi
criar um projeto de prevenção de doenças, estimulando hábitos saudáveis aos
beneficiários com mais de 59 anos. "O programa garante aos nossos
beneficiários acompanhamento médico mensal gratuito, além de promover
atividades culturais, esportivas e de lazer que favorecem o envelhecimento
saudável, estimulam a autoestima e desenvolvem a autonomia", explica.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), André Longo, coloca em xeque a atual política utilizada pelo setor e
pontua que o foco deve sair do tratamento da doença para a prevenção dos
riscos. Na tentativa de minimizar os impactos, a própria reguladora divulgou,
recentemente, o projeto do VGBL Saúde, em parceria com a Superintendência de
Seguros Privados (Susep). A proposta funciona como uma espécie de previdência
privada que permite a retirada do fundo para financiar as mensalidades de plano
de saúde e está sob análise do Ministério da Fazenda.
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