BSPF - 17/05/2014
A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal
(Fenajufe) aponta que servidores de quatro estados do país já estão em greve
para cobrar mudanças no que chamam de política de congelamento salarial do
governo federal. Segundo a entidade, a paralisação passou a atingir São Paulo e
Rio Grande do Sul na última quinta-feira (15/5), somando-se a Bahia e Mato
Grosso, que aderiram ao movimento em 29 de abril.
As assessorias de imprensa da Justiça Federal em São Paulo,
no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso dizem não haver registro de atividades
suspensas para o público. A Fenajufe promete para a próxima quarta-feira (21/5)
paralisação de atividades em todos os locais de trabalho no país, no ato
chamado "Apagão do Judiciário e do MPU". Atos e assembleias foram marcados
para essa data durante reunião promovida no último dia 10, com representantes
de 20 sindicatos.
A lista de reivindicações, que tem sete pontos, é a mesma
enviada ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal em
julho de 2013. Um dos principais itens é a exigência de uma política salarial
permanente que respeite a data base para os servidores públicos, como previsto
na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.061 e o artigo 37, inciso X, da
Constituição Federal.
“A falta de negociação e de uma política salarial permanente
para o conjunto do funcionalismo vem obrigando a deflagração de greves em
praticamente todos os anos para buscar assegurar direito básico que vem sendo
continuamente desrespeitado pelo Governo”, diz o documento.
A categoria também cobra a criação de uma comissão
interdisciplinar composta pelos Tribunais Superiores e pela Fenajufe para
discutir e elaborar um anteprojeto de plano de carreira. Reivindicam também a
formação de um grupo de trabalho para negociar permanentemente assuntos de
interesse dos servidores, como o Processo Judicial Eletrônico e regulamentação
do trabalho remoto.
Adilson Rodrigues dos Santos, um dos coordenadores da
entidade, lembra que a categoria é responsável por organizar as eleições.
“Peregrinamos pelos corredores dos tribunais avisando que estamos com os
salários congelados. Queremos resolver logo para não termos de paralisar a
Justiça Eleitoral mais perto do pleito”.
Fonte: Consultor Jurídico com informações da Fenajufe