BSPF - 02/08/2014
A paciência dos servidores administrativos da Polícia
Federal chegou ao limite. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta quinta-feira
(31), a categoria decidiu subir o tom contra o Governo Federal e irá paralisar
atividades na próxima quinta-feira (7). As principais reivindicações são a
retomada das negociações sobre a reestruturação da carreira e a recomposição da
força de trabalho da categoria, mediante a nomeação imediata dos candidatos
aprovados em concurso público realizado em fevereiro.
Com a paralisação, serviços como emissão de passaportes,
controle migratório, fiscalização de atividades de segurança privada, entrada
de produtos químicos importados no país e o suporte à atividade policial serão
diretamente afetados.
Falta de pessoal
De acordo com dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a categoria administrativa corresponde hoje a apenas 17,86% do efetivo da Polícia Federal — menor percentual dos últimos 30 anos. A carência de pessoal é tão grande que, em alguns setores, servidores relatam dificuldades para marcar férias porque o afastamento do local de trabalho inviabilizaria a prestação do serviço.
De acordo com dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a categoria administrativa corresponde hoje a apenas 17,86% do efetivo da Polícia Federal — menor percentual dos últimos 30 anos. A carência de pessoal é tão grande que, em alguns setores, servidores relatam dificuldades para marcar férias porque o afastamento do local de trabalho inviabilizaria a prestação do serviço.
Para suprir a necessidade de servidores administrativos, a
PF realizou concurso em fevereiro deste ano, no qual foram oferecidas 566
vagas. “Muito pouco perto da necessidade real”, afirma o presidente do
SINPECPF, sindicato que representa a categoria, João Luis Rodrigues Nunes. Como
o certame foi homologado em junho, a nomeação dos aprovados pode ocorrer
durante o período eleitoral sem nenhum problema.
Confiando em prognóstico do Planejamento de que as nomeações
se dariam no início de julho, a PF decidiu pular etapas e convocou
antecipadamente os aprovados para entrega dos exames e documentos necessários
para a posse. Essa convocação ocorreu no final de junho e contou até mesmo com
entrevistas para definir o local ideal de lotação de cada um dos candidatos. O
objetivo da PF com a medida era acelerar a posse dos aprovados.
Na expectativa de serem nomeados logo, conforme previa a PF,
alguns dos aprovados deixaram empregos e se mudaram para as localidades onde
seriam lotados, contraindo dívidas. A PF solicitou ao Planejamento urgência nas
nomeações não apenas dos aprovados, mas também na de 135 excedentes para quais
já existem cargos vagos. A matéria está há um mês no gabinete da ministra
Miriam Belchior à espera de assinatura.
Fonte: SINPECPF