ALESSANDRA HORTO
O DIA - 17/09/2014
Salário médio dos técnicos no fimda carreira é de R$ 11,4
mil. Dos analistas, cerca de R$ 20 mil
Rio - Os 682 técnicos do Banco Central (BC) no país cruzam
os braços hoje pelo segundo dia consecutivo. É a quarta paralisação da classe
esse ano, que pode afetar temporariamente a distribuição de dinheiro. A
segurança das unidades do BC e o atendimento ao público também correm risco de
ser afetados.
Os servidores reivindicam a modernização da carreira de
especialista do órgão, composta por técnicos e analistas. A meta é que o
governo passe a exigir Nível Superior em futuros concursos públicos para o
cargo de técnico.
O Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central
(Sintbacen) defende que a determinação já ocorre em diversas carreiras, como
técnico da Receita Federal (analista), Magistério (nível federal), carreira de
policial militar e de bombeiro do Distrito Federal e policial rodoviário
federal.
“Nossa luta é para que o Banco Central tenha o mesmo
tratamento que órgãos como a Receita Federal, a Polícia Federal e a Polícia
Militar, onde só se contrata servidores com Nível Superior”, destacou o
vice-presidente do SintBacen, Willekens Brasil.
Por desenvolver serviços de relevância estratégica para o
Banco Central, os dois cargos devem sofrer as alterações, defendeu ontem a
entidade.
Já o Sindicato dos Técnicos do Banco Central, em Brasília,
apontou que os técnicos do BC recebem 38% dos vencimentos dos analistas. Com a
exigência de Nível Superior, o salário aumentaria.
De acordo com o SintBacen, o salário-base de um técnico do
BC em fim de carreira é de R$ 11,4 mil. Já um analista, no mesmo patamar, tem
vencimento médio de R$ 20 mil.
A ideia é que os técnicos tenham o vencimento elevado para
R$ 12,4 mil, o que representa 62% do valor recebido pelos analistas. A entidade
quer o fim do desvio de função por parte dos analistas.