ALESSANDRA HORTO
O DIA - 01/02/2015
O aumento do plano de saúde é motivo de queixa dos clientes,
que apontam vários problemas com o atendimento e serviços prestados
Rio - A Geap reajusta a partir de hoje em 14,62% as
mensalidades dos 615 mil servidores federais de todo o país. O aumento do plano
de saúde é motivo de queixa dos clientes, que apontam vários problemas com o
atendimento e serviços prestados, mesmo após intervenção da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) em 2013. No Estado do Rio, a empresa tem 109 mil
usuários em sua carteira.
Entre os principais entraves estão a falta de opções de
locais para fazer exames, problemas de autorização de procedimentos cirúrgicos
e credenciamento de médicos. No site Reclame Aqui, por exemplo, a operadora não
respondeu a 58,5% das queixas e a reputação recebeu a classificação de “não
recomendado” pelos clientes.
Servidora aposentada da ANTT, Cristina Thomé, 63 anos,
contou à coluna que teve que recorrer à ANS para que o seu marido, também
servidor federal, fosse operado de um câncer no intestino: “Acho um absurdo
pagarmos nossas mensalidades em dia e, em um momento que mais precisamos,
recebemos uma negativa. Se fosse no particular, a cirurgia ficaria em torno de
R$ 25 mil. Não dava para crer que teríamos que arcar por algo que nos é de
direito”. O marido foi operado recentemente e está em tratamento.
Já um servidor do Inca, que pediu para não ser identificado,
enfrenta problemas com credenciamento de médicos. Em tratamento psiquiátrico,
ele está sendo obrigado a pagar R$ 150 pela consulta, mesmo o profissional
constando na lista da Geap. “Ele está no livro e no site, mas diz que não
atende mais pelo plano. Me consulto com ele há bastante tempo e preciso
continuar o meu tratamento. Já procurei a Geap, mas me informaram que o médico
é que tem que se descredenciar e também não me indicam outro profissional”.
Já a servidora aposentada de 71 anos, moradora de Sepetiba,
Zona Oeste, também pediu para não ser identificada, e que tem problemas de
locomoção devido à hérnia de disco, se vê obrigada a percorrer 54 km fazer
exames complexos de imagem no bairro de Vila da Penha, Zona Norte. “A operadora
deveria se preocupar em tornar os exames mais acessíveis. Já registrei queixas,
mas nada foi feito.”
Diretora do Sintrasef, Edna Ramalhosa declarou que tem
levado os problemas para a regional da Geap no Rio. Há previsão de uma nova
reunião para depois do Carnaval: “Percebemos que houve mudança, que eles estão
mais interessados em resolver os problemas. Mas há muito o que fazer pelos...
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