Rosana Hessel
Correio Braziliense
- 11/09/2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tentou desconversar
sobre um possível congelamento dos salários do funcionalismo como forma de
conter despesas da União. No entanto, ele não descartou totalmente a ideia
entre as propostas que devem ser apresentadas pelo governo até o fim do mês.
"O congelamento é uma palavra forte. Por enquanto, não
pretendo nada. Estamos estudando", afirmou ele, ontem, durante entrevista
coletiva na qual era esperado que ele anunciasse corte nas despesas.
Levy reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff pela manhã no
Palácio do Planalto, um dia após o rebaixamento do país pela agência de
classificação de risco Standard & Poor"s (S&P). Também
participaram da conversa os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio
Mercadante (Casa Civil).
Deficit
Uma razão para a decisão da S&P foi o governo ter
enviado Orçamento de 2016 com previsão de deficit. Uma proposta de consultores
legislativos para a redução de despesas obrigatórias, em análise pelo relator
do Orçamento, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), é exatamente a suspensão do
reajuste dos servidores.
De acordo com o ministro, esse tema está sendo analisado
pelo Ministério do Planejamento. Ele sugeriu que os eventuais reajustes dos
servidores sejam pautados "pela inflação futura" daqui para frente
para desindexar a economia.