Correio Braziliense
- 14/09/2015
A economia com as duas propostas vai chegar a 8,5 bilhões
No esforço de reequilíbrio das contas públicas, o governo
anunciou na tarde desta segunda-feira (14/9) algumas medidas que afetam
diretamente a vida dos servidores públicos do Executivo federal. O adiamento do
reajuste e a suspensão de novos concursos estão entre as medidas anunciadas até
a publicação deste texto. De acordo com o ministro do Planejamento, Nelson
Barbosa, a economia com as duas propostas vai chegar a 8,5 bilhões. Junto a
outras propostas, o corte deve chegar a R$ 26 bilhões
Barbosa explicou que o reajuste já negociado ou em negociação
com servidores está mantido, mas a data de início da parcela prevista para 2016
será adiada em sete meses (de janeiro para agosto). A implementação da medida
está condicionada à negociação com os servidores e a criação de um projeto de
lei. A suspensão de concursos depende de alterações no Projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e no Projeto de Lei de Orçamento Anual (PLDO).
O número de R$ 26 bilhões foi fechado pouco antes da
coletiva, durante a reunião de coordenação política no Planalto. A presidente
Dilma Rousseff esteve reunida com Barbosa e Levy e vários ministros durante o
fim de semana no Palácio da Alvorada para conseguir fechar um número de redução
de gastos para alterar a proposta orçamentária que foi enviada ao Congresso
Nacional, que tem um rombo de R$ 30,5 bilhões, sendo 0,3% do Produto Interno
Bruto (PIB), para todo o setor público.
O objetivo do governo, depois do rebaixamento do país, é
voltar para a meta anterior, de 0,7% do PIB. Para isso, será preciso um esforço
adicional de R$ 65 bilhões, ou seja, o governo deverá preparar um novo pacote
de aumento de impostos de, no mínimo, de R$ 39 bilhões.