BSPF - 29/10/2015
Decréscimo foi de 10,3% no primeiro semestre de 2015.
Tendência para a próxima análise do mercado de trabalho nacional é de melhoria
das expectativas
A taxa de desocupação sofreu uma variação de 6,5% para 8,3%
entre o quarto trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2015. Dados como esse
constam na 59ª edição do Boletim Mercado de Trabalho, apresentado no Rio, nesta
terça feira (27).
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, André
Calixtre, e o coordenador de Trabalho e Renda, Carlos Henrique Corseuil,
mostraram a evolução recente dos principais indicadores do desempenho do
mercado de trabalho. A principal fonte de informação foi a PNAD Contínua/IBGE,
que permite uma análise nacional do desemprego em períodos trimestrais.
Os setores mais atingidos foram a administração pública, com
um decréscimo de 10,3% na taxa de ocupação no primeiro semestre de 2015 quando
comparada com o mesmo período de 2014, e a construção, com queda de 6,7%. Em
contrapartida, o setor de serviços passou por um aumento de 4,2% no primeiro
semestre desse ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em relação aos indicadores por gênero, os que sofreram mais
impacto foram os homens, cuja taxa de desemprego aumentou em 17,4%, enquanto as
mulheres totalizaram 14,3%. Para os técnicos, os homens mais escolarizados
estão sendo mais afetados pelas não contratações. O trabalho aponta que o
desemprego subiu em 17% para os mais instruídos.
A expectativa para a próxima análise é uma reversão do cenário
em curto prazo, com o auxílio de ações do governo que visam a melhora do
mercado de trabalho, tais como o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que
tenta inibir os desligamentos e a perda de capital humano, além do Fórum de
Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social.
“No entanto, a diminuição de contratações tende a aumentar a duração do
desemprego e, com isso, a reversão das expectativas pode deixar de ser
suficiente”, alertou Corseuil.
Fonte: Ipea