BSPF - 20/11/2015
No encerramento da sessão desta quarta-feira, em que o
Plenário julgou a incidência do teto remuneratório sobre vantagens pessoais dos
servidores públicos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo
Lewandowski, afirmou que o Poder Judiciário faz uma defesa intransigente dos
direitos dos seus servidores. “Jamais deixamos de lado os interesses e os
direitos fundamentais dos servidores, especialmente os de caráter
remuneratório”, ressaltou.
Lewandowski lembrou o esforço recente, em conjunto com o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para garantir aos servidores um
aumento “compatível com a situação atual do país”. O ministro explicou que a
proposta inicial conjunta, “infelizmente, por razões certamente ponderáveis”,
foi vetada pela presidente da República, e, imediatamente depois do veto, e de
comum acordo com o governo, “a partir de cálculos e várias negociações”, foi
apresentado um novo projeto de lei propondo reajuste de 41,3%, e de 5,5% para
os subsídios dos magistrados e procuradores.
“O Judiciário tem 120 mil servidores e 17 mil juízes.
Portanto, a equação precisa ser muito bem ponderada quando se trata do reajuste
de remuneração e aumento de benefícios e vantagens”, afirmou, ressaltando que o
momento é de dificuldades econômicas e de reajuste fiscal. “Mas é preciso
deixar bem claro que, em nenhum momento, descuidamos dos nossos próprios
servidores”.
Auxílio-moradia
Ponto de honra
O ministro ressaltou que não há nenhuma distinção entre o
tratamento dado à questão remuneratória de magistrados e servidores. “Este é um
dos mais antigos compromissos que a magistratura tem com aqueles que integram
seu corpo. Trata-se de um ponto de honra, que aprendi desde o momento em que
ingressei na magistratura”, disse.
PGR
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que,
seguindo a atuação do STF, tem buscado um patamar remuneratório digno para os
servidores do Ministério Público da União. Disse, ainda, que a questão do
auxílio-moradia para procuradores foi regulamentada pelo Conselho Nacional do
Ministério Público, que também está atento para que exageros não aconteçam.
Com informações da Assessoria de Imprensa do STF